28 de junho de 2010

Na obscuridade do medo




Nascem mudas as denúncias dos dias,
Asfixia plena do universo
Que deslumbrado se perde no rodopiar dos astros
Enquanto se dilaceram as feridas.
São os ecos do silêncio
No alinhavo dos lábios,
Ou a angustiada cobardia
De nos vermos trémulos,
Diante da própria sombra.



9 comentários:

Marcia M. disse...

a imagem compativel com o poema um deslumbre só ,bjs!

Unknown disse...

Boa noite Maria João,
um poema intenso pela verdade que contem. Na obscuridade do medo, tememos até a própria sombra!

Beijinhos,
Ana Martins
Ave Sem Asas

Sofá Amarelo disse...

Os ecos do silêncio são sempre os mais fortes, ditos por lábios alinhavados, desenhados em sombras no rodopiar dos astros em pleno universo...

Mariazita disse...

Maria João, amiga
A imagem nem precisa de legenda, é por demais elucidativa.
O teu poema concentra, em poucas palavras, o verdadeiro medo (ou os medos) ao qual até a própria sombra assusta.
Muito bom!

Beijinhos

José Quintela Soares disse...

"Nascem mudas as denúncias dos dias".

Bastaria esta frase.

vieira calado disse...

Um poema simples,

conciso,

e elegante!

Beijinhosss

Nilson Barcelli disse...

A mudez e a falta de coragem, por vezes, andam de mãos dadas...
Acontece aos melhores, minha amiga.
Gostei do teu poema, simples mas excelente.
Beijos.

Nova Civilização disse...

Amiga,

escreveste tudo, nos fez refletir... O medo que nos sufoca e nos faz prisioneiros!

obrigada

beijinhos no coração,

Gisele

Mar Arável disse...

Todos nós projectamos sombras

a questão é levantá-las do chão

ou apenas deixá-las

estateladas