29 de novembro de 2008

( Ímpar)





Como é ímpar
Na moldura de uma cama
Um par
Quando se ama!
Fernando Tavares Rodrigues

25 de novembro de 2008

Abandonos

Perco-me no tempo, mas não estou perdido
Tenho um labirinto nas mãos.
Nele, sábiamente vivo
Sózinho entre irmãos

Queres ouvir o que digo?
Presta bem atenção!
A solidão é o meu abrigo
A tristeza a minha prisão

Outrora fui esbelto e fui ouvido
Por crianças e jovens de então
Hoje para aqui estou , vendido
A minha sorte, na tua mão

O saber que em mim encerro
A ti não serve, nem cabe
Não tens tempo, na verdade
Para ouvir o que espero

Um dia, cá não estarei
e se por acaso deres por isso
lembra-te onde eu fiquei
quando me negaste um sorriso!



(...) a sageza não se herda, conquista-se; (...) SERRÃO, 1970

19 de novembro de 2008

O mundo dos contrastes...(V)

"Quem semeia ventos, colhe tempestades "

E se um dia o mar zangado, apenas devolver

ao homem, tudo o que ele hoje lhe dá?

15 de novembro de 2008

Pessoas singulares (I)

João Villaret
1913 - 1961

Declamava poesia como ninguém!





Em pétalas, nasces e és!
Por isso murchas precocemente.
Teu aroma voa no mundo,
De boca em boca.
És unico, sim!
Eternamente.

8 de novembro de 2008

Esperas eternas


Há sempre alguém que precisa de nós
Alguém que não sabe que existimos
Alguém que está à nossa espera
E nós…
Passamos o tempo à espera de outro tempo,
Para chegar onde devemos estar agora!
E nesta espera nada mudamos,
apenas ficamos, impávidos.
À espera!

1 de novembro de 2008

Esta cidade que eu amo

"Que outra cidade, levantada sobre o mar

À beira-rio acabou por se elevar

Entre dois braços de água

Um de sal outro de nada

Água doce água salgada

Águas que abraçam Lisboa ..."

"Moro em Lisboa" - Madredeus