Naquele lugar
haverá sempre versos
que demoram
entre uma chávena de chá
e o colo das tardes
entrançadas em palavras.
Escrevem-se no aroma das frésias,
no interior de um fruto amadurecido
lentamente,
e guardam-se no segredo do lago
como se fossem paisagem inacabada
de um poema completo
que nunca sabe como dizer-se.