2 de janeiro de 2012

Árvores de alma nua



Encantam-me as árvores no inverno,
essa paisagem bucólica de alma nua
por onde sigo descalça
ouvindo melhor
o silêncio dentro dos meus passos
e onde o frio me dói
como um eco
nesta tristeza que sinto
rasa
à flor da pele despida
de todas as palavras.


17 comentários:

Tere Tavares disse...

Palavras que a araagem traz para além do Atlântico.
Beijos

Jaime Latino Ferreira disse...

MARIA JOÃO


Querida Amiga,

Bonitos e melancólicos
estes Seus versos

Beijinho


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 2 de Janeiro de 2012

Rogério G.V. Pereira disse...

Me comove, sabe?
É que eu...Eu já fui árvore

Lídia Borges disse...

Na vastidão de um inverno há formas e vozes intraduzíveis pela pequenez das palavras. Ou talvez não, pois é através delas nos chega esta paisagem de braços inquietos tentanto dissipar a névoa.

Um beijo

Dulce disse...

Mais melancólicas estas tuas palavras João..mas lindas.

Beijinho grande.

Dulce

A.S. disse...

Está escrito
que há-de amanhecer a primavera,
que o céu tome a cor do mar
e que a alegria reacenda a paisagem!...


Um beijo M. João!
AL

Andy disse...

a sintonia com a pele...flor em cada poro, na forma como escreves!

beijos, querida amiga!

António Gallobar - Ensaios Poéticos disse...

Olá amiga Maria João

Parabens pela inspiração. Deixo-lhe aqui os meus votos de que tenha um grande ano de 2012, sobretudo com saúde, para aguentar os tempos que aí veem... e que não se confirmem os cenários que andam a entristecer-nos... Estou certo que de vamos conseguir dar a volta a isto... Beijinho grande e um bom ano para si e para os seus familiares

Branca disse...

Maria João,

Comecei assim o ano nesse espírito, ouvindo esse silêncio de que falas, despido de palavras... e como tu o sabes explicar tão bem!

Por isso penso que tens entendido o meu silêncio, que vou quebrando aqui e ali...

Beijinhos para ti, sempre no meu coração.

Branca

Mel de Carvalho disse...

Existem percursos, querida amiga, que só descalços podemos fazer - como que, se e só dessa forma, o pulsar do universo fluísse no corpo que, transitoriamente, habitamos...

Da beleza do texto que dizer?

Beijo, Joaozita, e que amanhã os Reis Magos te tragam o melhor dos mundos.

Mel

Rosario Ferreira Alves disse...

toda a emoção do inverno no silêncio dos teus pés que te ditam palavras de extrema sensibilidade. obrigada.

beijo grande, João

Rosarinho

Anónimo disse...

como assim, "despida de palavras..."???

elas fluem neste teu poema! e é tão bom quando a inspiração nos acompanha num "passear" com os pés descalços. sente-se no conjugar de cada passada o calor que nos vai "vestindo" de "alegrias".

b...jo

AC disse...

Maria João,
É no acto de nos despirmos que encetamos o caminho de descobrir a nossa verdadeira essência.

Beijo :)

manuela baptista disse...

despem-se as árvores

mas a seiva corre


um beijo

manuela

Virgínia do Carmo disse...

A encantadora nudez das coisas simples...

Tão belo.

Beijo enorme

Anónimo disse...

"Doe" é do verbo "Doar" e não "Doer"...

É o que temos!

Mª João C.Martins disse...

Caríssimo anónimo

Antes de mais, o meu mais sincero agradecimento pela chamada de atenção para o erro ( que já corrigi), sinal de uma leitura atenta que muito me apraz registar.
Na verdade, sou tão humana quando qualquer mortal e, por isso mesmo, sujeita a errar e a corrigir os meus erros. A perfeição é um estado inalcançável na vida que vivemos. Eu não a conheço e, muito embora ela seja um horizonte apetecível, tenho a consciência que o que temos, é , efetivamente , esta imperfeição que nos obriga, minuto a minuto, a limar arestas e a reconhecer que, felizmente, há ainda muito caminho.

Obrigada pelo ensinamento e pela direção dada. Em mim fica apenas um lamento; o facto de se esconder atrás de um anonimato, coisa que eu não faço, muito embora seja imperfeita ( eu e a minha escrita), para tão assertivamente corrigir o meu erro.

Foi pena que o tenha feito desse modo.