31 de outubro de 2011

Nascidos nas mãos




Nas nossas mãos, do lado de dentro das linhas, nasce de nós a poética mais bela.
Por muito tempo que leve a nascer, o tempo é o fermento das melhores searas. E nós, a emergência de sermos no gesto que nos descreve.




13 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Que bom ter lembrado a mão
Tudo o que temos de humano
depende e nasceu com a mão
A dádiva, a caricia,
a própria razão
e tudo o que demais nos serve
a terminar no gesto que nos descreve
como muito bem lembra
neste seu tão belo poema

A mão nos torna gigantes
A mão nos garante amantes

antonio ganhão disse...

Quem sabe não seremos nós o mero prolongamento das nossas mãos, somos o resultado da escrita dessas linhas.

manuela baptista disse...

somos a mão

por Deus o pão

é esta a seara esquecida de todos os gestos

de amor

um beijo

Sotnas disse...

Olá Maria João, desejo que tudo esteja bem contigo!

Aonde a vida inicia, e tudo que realizamos sempre tem uma “mãozinha” e você bem expressa isto neste teu sensível e belo texto. E como os anteriores uma belíssima imagem a encimar teu belo poema, parabéns pelos escrito postado e pelo belo espaço, e assim grato por tuas visitas e amizade eu deixo meu desejo que você e todos ao teu redor tenham um intenso e feliz viver, grande abraço e até mais

Jaime Latino Ferreira disse...

MARIA JOÃO


Querida Amiga,


O lado de dentro das linhas
é o silêncio
a que convidas


Um beijinho


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 1 de Novembro de 2011

Mariazita disse...

Ah! as mãos!
Como podem ser belas, as mãos!
E como podem ser cruéis...
Tanto podem abençoar como amaldiçar, quer se ponha o polegar para cima ou para baixo...

Independentemente disso... as tuas palavras são muito verdadeiras e lindas.

Feliz "Dia de Todos os Santos". Beijinhos

Bergilde disse...

Ainda ontem brincando com minha filha e ao mesmo tempo ensinando sobre a importância de cada sentido ela me disse..."Sabe pra que servem as mãos?E respondeu também...Servem pra gente não se separar ...ah,e para eu te acariciar os cabelos de noite também!"Emocionei-me!
Abraço sincero,

Lídia Borges disse...

As mãos!...
Nelas nasce ou morre toda a matéria de que se fazem os sonhos, os desejos...
E nessa corporalidade nos inscrevemos, nus e indefesos.


Beijo meu

Mar Arável disse...

Nas nossas mãos

todos os infinitos

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

As mãos do poeta são uma seara ardente onde germinam todos os anseios.

Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora

Branca disse...

Já por cá tinha passado e fiquei a reflectir no alcance de tão breves e lindos veersos.
Pensava até que já tinha deixado um comentário, mas devia estar morta de cansaço, :)), algo que me tem acontecido muito.

Agora que voltei, mais rica de saber, percebi que tu és comovedoramente a melhor das amigas e é bem verdade que o tempo é o fermento das melhores searas.

Espero por elas, plenas de trigo maduro, de largos horizontes e cores claras...

Beijos
Branca

Filoxera disse...

A emergência de sermos contradiz a apreciação da exsistência.
Beijos.

AC disse...

Maria João,
Quanta verdade, "o tempo é o fermento das melhores searas", mas teimamos em ter pressa, a renegar as memórias...
Por aqui a viagem é sempre enriquecedora. Obrigado.

Beijo :)