12 de julho de 2010

No meu tear



No meu tear
Junto os fios de seda branca
E neles, fio os dias
Mesclados de sonhos e palavras
Pétalas e folhas de um girassol
Que inquieto
Vai tecendo nas noites frias
O amparo desta alma de poeta
E nela sossega
Quando a vida
É um denso e inefável nevoeiro


16 comentários:

Rosa Carioca disse...

Mas, por fim, o girassol brilha e desfaz esse nevoeiro; então, o Sol, não querendo ficar para trás, surge e aquece a vida...

Professora Lu disse...

Amo poemassss.... e to curtindo muito a tua página...
Beijos,
Lu

A.S. disse...

M.João...

Tu tens luz própria! Romperás as mais densas névoas!!!

BeijO
AL

AC disse...

A névoa de certos dias, a dimensão da alma projectada na poesia...

Maria João, gosto muito da forma como faz e sente a poesia. É sempre com gosto que a visito.

Beijo

. intemporal . disse...

.

. 100 palavras .

.

. diz.me que posso, diz.me que me deixas levar este poema um destes dias para um canto meu . dizes? .

.

. um beijo . entre.mil . de amizade .

.

. paulo .

.

Mariazita disse...

Maria João
Detesto ser repetitiva, mas o que hei-de fazer se gosto dos teus poemas? Só posso dizer que gostei, não é?

Que a tua vida não tenha NUNCA névoas, e muito menos nevoeiro.

Beijinhos com carinho

Aguardo, pacientemente, o cafezinho... só vou para fora, de férias, em Agosto.

Gisele Resende disse...

Amiga,

muito lindo!


por mais que não a desejamos, elas, as névoas também fazem parte do caminho e por fim se dissipam basta acreditar com o sossego da esperança,

Sofá Amarelo disse...

O nevoeiro e os fios de seda branca confundem-se no desfiar das madrugadas cinzentas, que em pétalas frias tecem amparos mesclados de folhas de girassol...

José Quintela Soares disse...

Num tempo em que a poesia é relegada para plano "lírico" (no mau sentido), ter "alma de poeta" é saber dizer "não" quando a maioria, que quase nunca lê, diz o contrário.

manuela baptista disse...

quando o teu tear
muda de lugar

já não está sozinho
tem fios
e folhas
e pétalas
e cheiros
e vidas
e sonhos

e noites quentes
ao luar


Maria João, um abraço!

entrançado em seda branca

Manuela

vieira calado disse...

Lá virá o Inverno rigoroso...

Quando o seu tear
mais necessário será...

Gostei do poema.

Bjs

Branca disse...

Olá Maria João,

Ontem ousei passear por aqui e deliciar-me com muito do que vi, hoje ouso escrever e como viu até ousei ter lá na minha página o link para nunca me esquecer.
E coincidência gira, de repente pasmo quando leio aqui ao lado que é de Esposende, terra linda onde tantas vezes passo desde os meus 13anos a caminho de Moledo, terra onde mora o meu filho mais velho há alguns meses e onde tem uma escolinha muito especial em Palmeira de Faro.
Quem sabe um dia nos vemos por aí.

Às vezes é de doces e inefáveis nevoeiros, onde mais se repousa, que a vida brilha no romper das nuvens em todo o seu esplendor.

Obrigada pela visita.

Beijinhos
Branca

Jaime Latino Ferreira disse...

MARIA JOÃO


Minha Amiga,

Venho retribuir-Lhe a visita que me fez com o Seu comentário ao qual prontamente logo Lhe respondi e que me deixou muito gratificado!

Quem tece
junta fios
e se enobrece

Um beijinho amigo


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 15 de Julho de 2010

Unknown disse...

Boa noite Maria João,
na sua poesia não há lugar para o nevoeiro, ela escorre livremente e vive na sua alma de poeta.

Beijinhos,
Ana Martins
Ave Sem Asas

Mar Arável disse...

Andamos todos a tecer

á pergunta

dos fios da meada

Bjs

Lídia Borges disse...

Só uma alma, assim, gentil é capaz de juntar fios de seda branca para tecer o poema, "quando a vida é um denso e inefável nevoeiro"

Um beijo