
Rodam as ondas do mar
Como preces de quem fica à deriva
Rezando regressos
Na palma da minha mão
Voam bilros orando, meu amor
No sal das carícias presas nos dedos
Contas, murmúrios, lamentos
Que entrelaço em rendas de rodopiar
Na náusea de perder-te
Na tempestade dos medos
E se a espuma dos dias te leva
E me deixa sem redes, perdida?
Que faço às rendas, meu amor?
Que faço à vida?
Ft: retirada da net (Monumento às rendilheiras - Vila do Conde)