27 de junho de 2013

Diz-me



Diz-me.

Diz-me que o presente
é este fio de luz que prende o meu cabelo,
este sol que aquece a raiz da minha nuca
e me enlaça p'la cintura
como um resgate do tempo
à viagem das águas.

Diz-me que nada mais há 
senão este agora
em que os pássaros festejam
as penas que vestem
e eu me rendo
à rara felicidade de me saber viva.

Diz-me que esta,
apenas esta,
é a verdade que procuro
e jamais temerei o final
neste princípio.



6 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Sim, te digo

Nada se nega
a um poeta

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Como sempre é um prazer imenso ler-te, tinha saudades de passar aqui.
Agradeço as palavras de carinho deixadas durante a minha ausência.

Um beijinho com carinho
Sonhadora

Mar Arável disse...

Cumpra-se o impossível

Bjs

Lídia Borges disse...


Li várias vezes.
Parece-me a celebração de um momento, a fugacidade de um qualquer brilho que inunda a alma como se a plenitude devesse condensar-se no milagre da existência e só aí.

Um beijo

Mel de Carvalho disse...

dir-te-ei, minha querida Joãozinha, do quanto este poema, que li, reli, e voltei a ler e que, por fim, venho comentar, me tocou.

impõe-se, sem dúvida, novas abordagens, novos leitores...

beijos meus, e continuação de bfs.
Mel

Andy disse...

Querida amiga, chego tarde mas a tempo de sentir o teu poema como arco-iris no meu peito. Belíssimo!
Beijinho grande!