24 de novembro de 2011

Celebração da voz humana




Quando é verdadeira, quando nasce da necessidade de dizer, a voz humana não encontra quem a detenha. Se lhe negam a boca, ela fala pelas mãos, ou pelos olhos, ou pelos poros, ou por onde for.  Porque todos, todos, temos algo a dizer aos outros, alguma coisa, alguma palavra que merece ser celebrada ou perdoada.

Eduardo Galeano in " O livro dos Abraços"



12 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Uma grande verdade neste texto...que nunca a voz se cale...e nunca o olhar escureça.


Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora

Branca disse...

Eu tenho tanto a dizer-te Maria João...mas volto amanhã, porque o dia foi de luta e já vai madrugada alta.

Tenho a dizer-te sobre muito do que quis dar-te e não dei...mas sei que sabes que não tenho braços que cheguem para abraçar o mundo e a voz essa tem batalhado para falar "pelas mãos, pelos pés, por todos os lados", até chegar o dia em que estarei com os olhos...e sei que tu me perdoas o não estar por vezes mais presente.

Belíssimo texto de conciliação.

Beijinhos
Branca

Filoxera disse...

Não existem limites para a voz. Até por telepatia comunicamos.
Beijinhos.

António Gallobar - Ensaios Poéticos disse...

Olá amiga Maria João

Quantas vezes calamos no peito a voz que não saiu... a palavra esperada que não se fez ouvir, talvez por cobardia, talvez por receio de se ser incompreendido, mas... às vezes o silêncio também pode ser de ouro.

Adorei este texto, parabens pela escolha

Beijinho

Dulce disse...

Celebração da Vida num gesto, num silêncio..num simples tão completo, abraço.

Maria João, maravilhoso..vou levar..e deixo aquele abracinho de Obrigada.

Dulce

Andy disse...

Maria João,
achei belíssimo!
Beijos

p.s. parabéns pelo novo visual :-)

Lídia Borges disse...

A voz pode ter diversas formas, diversos tons, diversas tonalidades, mas tem um único objectivo: construir pontes sobre o rio da solidão que nos libertem do isolamento para o qual vamos caminhando (quantas vezes) cegos por um individualismo redutor e egoista.
A voz une, mesmo qundo nos parece que divide.

Um beijo meu

L.B.

Lídia Borges disse...

Voltei. Esqueci-me de falar da imagem... É que ela tem voz. Ouço-a.

É linda!

Beijo

Jaime Latino Ferreira disse...

MARIA JOÃO


Querida Amiga,


... e mesmo que seja pela boca de outros!

Um beijinho


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 25 de Novembro de 2011

antónio ganhão disse...

Seremos então essas palavras que falam, que merecem ser perdoadas, que desculpam... no fundo, palavras que vivem.

antónio ganhão disse...

Seremos então essas palavras que falam, que merecem ser perdoadas, que desculpam... no fundo, palavras que vivem.

sérgio figueiredo disse...

as palavras devem ser ditas, independentemente da forma como o fazemos e da postura que ilumina o nosso ser.
sabemos o quanto são bonitas e boas. sabemos o quanto são feias e más, mas sabemos, também, que é algo do qual não nos podem separar e reforço... independentemente da forma como as expressamos. ouça-se o exemplo que neste momento está reconhecido internacionalmente e que, tão bem, aqui tens em reprodução. é património da humanidade, é a voz do nosso fado, a de Amália, e esta forma de voz diz tanto a tanta gente... e a nós.
a voz tem sempre um destinatário, e assim ele a saiba ouvir, a respeite, porque seja ela boa ou má, é a que chamará pela dele.

com a minha voz te deixo um
bj...nho