
Não sei quando parto.
Há tanto que sou já
da tua luz,
o débil rasto
de uma enorme e alva claridade…
E se sigo ainda neste corpo
que é apenas matéria presente
da alma que vagueia
como um rio
fluido, calmo e transparente
é porque insisto ser,
bago de trigo maduro
orgulho da tua seara,
até que parta
e leve
tudo o que restar de mim
preso nas mãos,
para escrever o teu nome
por onde voarem os meus olhos.