4 de abril de 2009

Presenças


Sempre que te levantas, de longas e duras jornadas
Com o desespero das causas perdidas
Sempre que nutres a alma de gritos vendidos
Em trigais revoltos de espigas colhidos
A vida lá está...

Sempre que lavras teu tempo, teu desalento
Com teias de luz, sopros de vento
Sempre que escalas tristezas
Em suaves certezas
A vida lá está...

Sempre que dás mais um passo
Semeias ternura num simples abraço
Sempre que olhas ao fundo e reparas no mundo
A esperança renasce e a vida te encontra
Porque tu já lá estás!

9 comentários:

SILÊNCIO CULPADO disse...

Maria João

A vida está lá sempre. Mas quantos dão por ela tão afastados que se encontram de si próprios?
As nossas presenças parecem ser distâncias nos cruzamentos da solidão em que perdemos os momentos, aqueles momentos em que a vida é mesmo vida.
Porque a vida está lá sempre mas não é eterna.

Gostei muito deste poema.

Abraço

vieira calado disse...

Um poema forte, de incitamento, à vida!

Desejo-lhe uma boa quadra pascal.

Mariazita disse...

Querida Maria João
O teu poema é belíssimo. Gostei imenso.
A vida está sempre lá, tens razão.
Nós, por vezés, é que a maltratamos, não sabendo aproveitá-la.
E depois ainda nos queixamos. O ser humano tem vindo a deteriorar-se ao longo dos tempos...

Aproveito para te lembrar que hoje há post novo no Lírios (passei a fixar a 3ª.feira para o Lírios), e tenho a impressão que vais gostar.
Eu gostei muito de o fazer...

E já agora...informo que amanhã - QUARTA-FEIRA, contarei mais uma "História"... (para o Histórias fixei a 4ª.feira)

E já tenho o tempo bem ocupado...

Uma boa semana.

Beijinhos
Mariazita

Mariazita disse...

Querida Maria João
Cá estou novamente, mas desta vez venho do Lírios.
Muito obrigada pela tua visita e pelo comentário.
Tenho que te confessar um segredo: gosto imenso dos teus comentários!
Escreves duma maneira muito agradável de ler, para além de dizeres coisas muito acertadas.

Por isso... amanhã quero-te lá :)))
Estive a organizar a minha vida (detesto desorganização e coisas feitas em cima do joelho) e o meu tempo de blogosfera ficou assim dividido:
5ª.feira e domingo - Casa
3ª.feira - Lírios
4ª.feira - Histórias
Fico com a 2ª.e a 6ª.feira livres, porque o sábado, dia de postagem do Botinhas, tenho que ficar às ordens de sua excelência para o que for preciso... Digo isto mas não me custa fazê-lo; é um bom amigo que merece ser ajudado, e ainda tem pouca experiência...

Mais meia hora para leres isto...

Até amanhã.

Beijinhos
Mariazita

alex disse...

Maria joão!
Poema forte ,escrito por uma mulher que tem que ser forte.
È um poema que fala da vida.
Ás vezes nós é que não sabemos aproveitá-la.
E a vida como diz a lídia não é eterna
um abraço

Helena de Tróia disse...

olá! obrigada pela visita e pela fidelidade! espero não desapontá-la! :-), um beijinho.

José Quintela Soares disse...

É preciso viver cada instante, porque é sempre, inevitavelmente, curto.

portasabertascadeirasaosoco disse...

bonito.
os poemas nao sao o meu forte,mas gosto de saber disso.
o uso da linguagem fica muitas vezes áquem daquilo que sentimos.
por isso a minha vénia a quem o enfrenta e faz das palavras morteiros de combate.

Nilson Barcelli disse...

Belíssimo querida amiga.
Beijo.