16 de outubro de 2013

Réquiem à beira do inverno



Quando uma haste se parte
é sempre inverno no interior das árvores.
Ninguém vê
mas as raízes também choram a inevitabilidade
e nem o silêncio da terra as conforta.
É sempre assim:
as folhas nunca sabem preparar o peito
para sentir saudade.





4 comentários:

Mar Arável disse...

Há folhas que resistem

em todas as estações

Bjs

Manuel Veiga disse...

o seu destino é tombarem - e renovarem-se...

admirável poema.

gostei. deveras.

beijo

Lídia Borges disse...


"É sempre assim"

Penas ou saudades, tudo o que fica no vazio que ficou.

Beijo

Virgínia C. disse...

E saberá o meu peito recolher tamanha poesia?...

Terno e saudoso beijo, João...