16 de junho de 2013

À procura de si




O homem estendeu-se nu sobre a areia
e temendo a invasão dos seixos
deixou-se incrustar em vida salgada
e confundiu-se entre as pedras.

Hoje, à beira de um coração sedento
 procura a  humanidade que deixou
 frágil e  ao acaso
boiando à mercê da erosão do tempo.



6 comentários:

Lídia Borges disse...


O regresso às origens. O homem, parte integrante da Natureza ou rejeitado por ela...


Um beijo

Menina Marota disse...

Lindo.

Gosto muito de te ler.
Um abraço carinhoso

Nilson Barcelli disse...

Por vezes, viramos costas à humanidade da vida. Então, quando damos por isso, procuramo-nos...
Excelente poema, como há muito me habituaste.
Maria João, minha querida amiga, tem uma boa semana.
Beijo.

Rosa Carioca disse...

Eu sei que é repetitivo mas... o que fazer? Adoro ler seus textos!

Mar Arável disse...

Sopro-te

e voo

Bjs

Maria João Mendes disse...

Pensando que os seixos já lhe eram parte
O mundo. O homem,
Fez-se nele.
E destruiu-se.
E só por isso quer voltar, ao princípio.

Teus poemas fazem pensar…
Gosto muito.

Beijinhos