17 de setembro de 2014

Nuances de verde e vento



Ousar enfim quebrar os remos
e deixar fluir sobre as águas
o alinhamento dos equinócios.
Os olhos lavados de desígnios
já construíram nas margens
o abrigo das poeiras;
não há medo no vento
e tudo é bem mais verde
na respiração granítica da paisagem.





8 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Não há medo do vento?
Ah, poeta
prouvera que fosse essa
a palavra certa

Graça Pires disse...

Os olhos construindo nas margens o abrigo das poeiras... Que belo!
Um beijo.

Mar Arável disse...

A bela diferença

nas nuances

Manuel Veiga disse...

no fluir sereno das águas - que tudo nas margens faz sentido.

beijo

DE-PROPOSITO disse...

Deambulei por aqui.

E desejo felicidades.
MANUEL

Branca disse...

Assim seja sempre, com a força que a natureza nos dá, sempre que nos integramos na liberdade de sermos ela própria, de sermos nós mesmos em harmonia com ela, parte integrante de um mundo que nos foi dado e a que pertencemos.

Beijinhos amigos.

Rosa Carioca disse...

Quebrar os remos! Quanta coragem! Tomara arriscar...

alexandra disse...

Belíssimo, minha querida Maria João, belíssimo!

Um beijinho.

Alexandra