29 de outubro de 2008

Silenciosa intimidade


De todos os pensamentos, de todas as angustias
De todos os barcos, de todos os rios
Eu escolhi-te a ti,
Silenciosa intimidade, poder supremo,
Arvore que se ergue invisível a sol algum.
É contigo que falo...é a ti que recorro,
Quando perdida estou dentro de mim mesma.
Escolhi-te a ti !
Serás a mensageira do que sou,
A protectora do que dou .
Ouvirás e crescerás como uma rocha, um diamante .
Encerrarás em ti mesma tudo aquilo que virei a ser,
Darás depois,
Quando a aurora não mais brilhar,
Quando o pensamento se diluir no tempo
Darás então,
Como um fruto que caí maduro..
A memória do que conquistaste, do que conseguiste,
E a perpetuarás no coração daqueles
Que amarei para sempre!

1 comentário:

Nilson Barcelli disse...

Escreves tão bem querida Maria João.
Este poema é apenas brilhante.
Gostei imenso.
Beijo.