22 de janeiro de 2014

Coisas certas














Nada é deixado ao acaso.
Uma casa é um casulo
com as paredes a ressoar.
Tudo em espera
pelos olhos capazes de ver;
tudo em espera
a ciciar memória.
Nada é deixado ao acaso.
As coisas simples ficam, simplesmente
suspensas
até se saberem certas;
até  se saberem no tempo de serem
por credo e vontade
imagos, prontas a acontecer.




6 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Tudo em espera...
fosse hoje, já...
quem dera


(lindo, isto)

Mar Arável disse...

Incertos

no equilíbrio
assimétrico

Manuel Veiga disse...

um privilégio ler-te. sempre...

belíssimo poema

beijo

Dete disse...

Tudo tem seu tempo. ..E às vezes precisamos dar tempo ao tempo, para cicatrizar nossas feridas. Há meses me afastei do mundo dos blogs, precisando ficar longe de tudo para pensar. Que bom voltar e ler novamente suas poesias tão lindas... Bjs

Filoxera disse...

Há tempos em que tudo está suspenso.
Outros em que tudo se encaminha, com passos seguros, para acontecer.
Pressinto que a tua vida está nesta fase. E, claro, estou sempre a desejar que as coisas decorram lindamente.
Um grande xi-coração.

Branca disse...

Tudo tão simples e tão certo como tu, Maria João.

Beijinhos.