14 de fevereiro de 2010

Valsa de aconchegos



Se no serenar da noite me deixares voar
Para lá da dor que entendes ser só minha
Deixa-me, meu amor, chorar sozinha
Acolhe-me em teus braços, ao regressar



Se de tempestades abrigares desvelos
E voares comigo no rasto das andorinhas
Nas tardes pardas que antes eram só minhas
Prenderei as lágrimas por entre os dedos




Mas se num voo perdido nos encontrarmos
Como o sol encontra a lua, em plena alvorada
Entregarei meu corpo ao teu, sem dizer nada
No momento exacto em que cruzarmos
O compasso de uma valsa de aconchegos




Fts. da autoria do meu colega e amigo Felisberto Magalhães que gentilmente autorizou a publicação neste espaço.

21 comentários:

aapayés disse...

Suspiros para estos días.. nacen al leerte.

Un beso con cariño respeto y admiración..

Un abrazo
Saludos fraternos..

Feliz día de San Valentin..

António Gallobar - Ensaios Poéticos disse...

Que lindos suspiros de amor, numa poesia cada vez mais fantastica e cheia de romanismo ilustrada por belas fotografias.

adorei
beijinhos

Angela Ladeiro disse...

Uma linda homenagem ao amor...Obrigada pela partilha. Um beijo

Teresa Diniz disse...

Que lindas palavras, acompanhadas por umas imagens também lindas!
Bjs

Fátima disse...

Nesses voos perdidos é que muitas vezes o destino nos mostra que não eram perdidos e sim nescessários para que nos cruzássemos...assim como o sol e a lua na alvorada.

Abraço com carinho.

Rosa Carioca disse...

O que mais posso acrescentar?
Lindo! Lindas imagens1

Gisele Resende disse...

Que lindo... Simplesmente lindo!

beijinhos,

Gisele

Cristina Fernandes disse...

No suspiro das palavras... gostei!
Um abraço
Chris

José Quintela Soares disse...

Gostei bem mais das fotografias que da poesia.

Mas li.

Pedro Branco disse...

Belo conjunto - palavras e imagens.

João Correia disse...

As fotos são lindas, a música é estrondosa, o poema é ... inspiração!

Um momento que se agradece, sem ser agradecido.

Sofá Amarelo disse...

A valsa dos aconchegos pode ser dançada ao som das nuvens ou no voo das andorinhas, pois o Sol e a Lua também só se encontram em ocasiões muito especiais, nas alvoradas rasgadas pelos compassos serenos dos dedos... porque tudo o que quisermos, assim será... se assim quisermos mesmo os corpos e as almas cruzam-se no aconchego dos compassos de uma valsa!

Sonia Schmorantz disse...

Lindo poema! Obrigado por publicar e parabéns ao seu amigo Felisberto Magalhães, ficou lindo e bem acompanhado por imagens igualmente bonitas.
beijos, ótima semana

Dina Pinheiro disse...

olá , é só para mandar um beijinho, do primo

Mariazita disse...

Amiga minha
Recordo-me que há tempos (não sei quando...) alguém (não me lembro quem...) disse aqui que a tua poesia estava cada vez melhor.
É exactamente essa a sensação que tenho: cada novo poema que leio me perece mais bonito que o anterior.
Estarás tu a ficar como o vinho do Porto ? rsrsrs
Seja ou não seja, a verdade é que este poema é lindíssimo. E está enquadrado em belas imagens.

Tens que desculpar-me não ter vindo mais cedo, mas tenho andado numa roda viva; para ajudar, a minha empregada está de baixa, a minha caixa do correio está(va) a abarrotar, tive que estar a esvaziar para poder entrar correio...enfim, hei-de sobreviver :)

Beijinhos, minha querida
Mariazita

Mariazita disse...

Maria João
Tenho estado a retribuir e agradecer as visitas à minha "Casa", ao post "Amigas...", e chegou a tua vez :)
Obrigada, minha dilecta amiga.
Terás sempre um cantinho no meu coração.

Vou passar o fim de semana ao Algarve, partindo já amanhã a meio da tarde; por isso vou "brilhar pela ausência" estes dois dias e meio. Mas deixo programado o post para a "Casa", para domingo.
+ 1 besito

Nilson Barcelli disse...

A tua poesia é diferente e boa. Bem estruturada, explícita e bonita. E de uma suavidade que encanta.
Por tudo isso, gostei imenso do teu poema.
Querida amiga, um beijo.

portasabertascadeirasaosoco disse...

De poesia eu não pesco nada :) mas devo dizer que é uma honra ver as minhas fotos publicadas neste belo blogue.O meu sincero obrigado.Sempre ao dispor para quando entenderes as minhas fotos se casarem com a tua poesia,ou versa-vice :) bjos

Anónimo disse...

Para a próxima, poderá fazer a referência do autor com letras um pouco maiores de modo a que fique mais visível ?
Obrigado por o ter publicado.
Carlos.

Mª João C.Martins disse...

Caro leitor,Carlos.

Em primeiro lugar, agradeço a sugestão, embora o autor das fotos em causa, meu grande amigo Felisberto Magalhães, não tenha colocado qualquer objecção ao tamanho da letra com que identifiquei a autoria das suas extraordinárias fotografias. Mas aceito rever, obviamente, a minha decisão.
Quanto ao agradecimento que me faz, pela publicação do meu poema,presumo, eu é que lhe fico grata pela sua atenta leitura.

Volte sempre!

Anónimo disse...

Maria João

Um poema como este, e como tantos outros que escreve, têm sido para mim, sempre objecto de uma silenciosa e atenta leitura.

Mais uma vez obrigado.

PS- a observação ao tamanho das letras , dá-se ao facto de eu ter problemas de visão .

Quanto a voltar, eu ando sempre por aqui, embora não comente.

Carlos.