10 de fevereiro de 2010

Isto dá que pensar (4)


Encontra-se perante uma criança que tem no rosto a mão de um adulto "desenhada".
Provavelmente, a mão que acarinha e afaga o mesmo rosto dorido.

O que faz?



Não sabe? Tem que pensar?


Pense antecipadamente sobre o assunto, se ainda lhe dá que pensar. Porque no momento certo, a criança vai precisar que decida....

Sem hesitar!


18 comentários:

Cris Tarcia disse...

Olá Maria João, passei para deixar um abraço e um lindo dia

Beijos

António Gallobar - Ensaios Poéticos disse...

Olá Maria João

Nem a proposito, ontem tive o previlegio de assistir à antestreia de um filme que me deixou completamente desnorteado tal o rigor quase cruel com que é tratado este tema e outros correlacionados o filme chama-se Precious e vai estrear brevemente e é absolutamente imperdivel é um verdadeiro tratado de Sociologia sobre violação dos mais basicos direitos, incesto, padrões de beleza etc etc. e mais não digo

Beijinho

A.S. disse...

Maria João...

Impressionante o videoclip!
Pergunto:
Haverá ainda quem seja insensivel a estas imagens???

Beijos
AL

Gisele Resende disse...

fica um grito a ecoar! Um sentimento de revolta e tristeza por não entender como a mente humana dá tantas voltas e de tão complexa ora permanece tão primitiva , insensível... Onde um animal irracional consegue superar nas sua sensibilidade!!!!

beijinhos,

Gisele

Sofá Amarelo disse...

Muitas vezes animais são as pessoas... com todo o respeito pelos animais, claro!

Nunca levei dos meus pais, nem um tabefe sequer e acho que isso serviu para cimentar uma relação de grande proximidade e cumplicidade. Também fazia os meus disparates, é claro, mas as coisas eram resolvidas da melhor maneira. Lembro-me também de o meu pai mandar vir com certas pessoas que na praia, por exemplo, obrigavam as crianças pequenas a tomarem banho na água fria contra a vontade destas ou quando alguém batia desenfreadamente numa criança, inclusive em primas, que o meu pai contabilizou terem apanhado toneladas de pancada.

Por isso, não consigo perceber como um progenitor pode desancar num filho. É certo que por vezes nos fazem perder a cabeça mas um enxotar de moscas muitas vezes chega.

Bom, ainda não respondi à pergunta! Mas se a criança tem a mão 'desenhada' no rosto, duvido que alguma vez essa mesma mão tenha afagado o rosto da criança. Há crianças mesmo que não conhecem o tom de voz dos pais que não seja a gritar e a humilhar, e que nunca tiveram uma festinha ou um beijo dos progenitores... e depois dizem que há delinquentes e jovens desenraizados... é tudo uma questão de... carinho e atenção... ou de falta deles!!!

Mariazita disse...

Maria João
Se há coisa que me causa enorme revolta é a violência física. Exercida sobre crianças provoca-me náuseas, seguida de fúria.
Toda a violência é condenável; sobre seres indefesos, como crianças e animais, não tem classificação.
Eduquei os meus filhos com uma palmadinha no rabito quando muito pequenos (nunca no rosto, sempre por cima da fralda). De resto posso dizer que NUNCA lhes bati.
E até hoje não estou arrependida.
Carinho, principalmente para as crianças, nunca é demais.

Este vídeo, que eu já conhecia e tenho gravado, revela um Amor tão grande, que nos faz sentir pena de não sermos animais, ditos "irracionais".

Com toda a minha solidariedade para com as crianças maltratadas... meus beijinhos carinhosos.
Mariazita

José Quintela Soares disse...

A questão eterna é que tomamos consciência, meditamos uns instantes, achamos que não há direito, mas depois vamos calmamente à nossa "vidinha", murmurando que "são coisas dos outros"....

Nilson Barcelli disse...

Infelizmente, a violência física (e psíquica) dos pais é muito mais frequente do que se pensa.
A maioria dos pais ainda não percebeu que não tem direitos sobre os filhos. Tem apenas deveres. E um dos mais importantes é educar os filhos com amor.
Eu nunca bati nos meus filhos (ficas a saber...), porque nunca teria sido a melhor opção de
resolver problemas.
Querida amiga, bom fim de semana.
Um beijo.

Teresa Diniz disse...

Maria João
A viloência doméstica é um problema e um drama, que muitas vezes escolhemos não ver. Afecta as crianças e as mulheres, porque são seres fisicamente mais fracos. Mas são da responsabilidade de todos nós.
Fez-me lembrar a frase de Henry Dunant, criador da Cruz Vermelha: "Todos somos responsáveis por tudo perante todos."
Bjs

SILÊNCIO CULPADO disse...

Maria João

A violência sobre crianças é, no meu ponto de vista,a que mais choca, envergonha e revolta quem tenha sentimentos. A criança é indefesa, "propriedade" de pais que não deviam sê-lo. Está à mercê das sevícias e do medo quando a maltratam, a violam, lhe roubam a capacidade de amar e acreditar.
A criança não tem responsabilidades no extravasar de raivas ocultas e libidos tenebrosos.
Que faria eu se visse uma criança maltratada? Não sei, depende das circunstâncias mas não fico impávida e serena. Falo com quem maltrata, denuncio à Protecção de Crianças e Jovens, à polícia. Mas resolvo muito pouco com isso.Porque não há resposta por parte das Instituições e porque a criança muitas vezes fica ainda mais exposta e desprotegida.

E se há pessoas que defendem castigos como a Pena de Morte é porque se demitem da responsabilidade que têm na criação do monstro que pretendem condenar. É porque se esqueceram que esse "monstro" que cometeu crimes hediondos tem , na maioria dos casos, um passado de histórias amargas que lhe retiraram a alma logo em criança.
Lutemos pois pelas nossas crianças para que os adultos de amanhã sejam gente de que nos orgulhemos.


Abraço

Unknown disse...

Amiga Maria João,
doí dizer isto mas é de facto verdade, há animais mais carinhosos e amigos dos seus filhotes, que alguns pais.

O vídeo é lindo, mas impressiona e entristece a tristeza e insegurança da menina!

Beijinhos,
Ana Martins

Carlos Albuquerque disse...

Seja qual for a violência que se exerça sobre as crianças (física, mental e outras),a nossa reacção não deve ser premeditada, mas espontânea.
Não nos devemos alhear da intervenção e da denúncia.
A indiferença é caminho pelo qual caminha, impune, a violência.
Ignorar que há crianças maltratadas, por familiares (pais incluídos),e não só, é violentá-las.
Ignorar que há crianças que choram e morrem de fome, é violentá-las.
Ignorar que há crianças sem cuidados de saúde, é violentá-las.
Ignorar que há crianças vítimas de incesto é violentá-las.
Ignorar que há crianças devoradas pela pedofilia é violentá-las.
Ignorar que há crianças sem amanhã é violentá-las.
Dolorosamente, vejo a Sociedade cada vez mais indiferente, agarrada à conquista de um bem estar assente no esvaziamento de valores.
Tem razão, Maria João, é urgente que se repense para que, a cada momento certo,não deixemos as crianças desprotegidas.
Beijos

Rosa Carioca disse...

Nunca apanhei dos meus pais, nem "sacudiram o pó". Nunca soube como eram os gritos dos meus pais. Sempre que fazia asneira (e fiz algumas), ouvia sempre uns belos e longos "sermões". Tenho certeza que foram esses "sermões" que formaram o material de que sou feita. E por falar em "mão desenhada"... Em 1994, num dia de aula, na minha primeira turma, uma aluna de +/- 7 anos, estava a ler a sua lição para mim. Comecei a reparar nos braços dela e nas marcas que eles apresentavam. Questionei-a sobre o que era aquilo e ela, na sua inocência, respondeu: "Não se preocupe, professora, nas pernas tem mais". Ao levantar a saia, tive que me controlar para não soltar o grito de horror. Saí imediatamente da aula para relatar o facto à direcção da escola e, qual não foi o meu espanto, quando recebi a orientação de ficar quieta. Como? Omissão também é crime. Fiquei revoltada. Ao chegar em casa, desabafei minha revolta com os meus pais. E se mais algo acontecesse àquela ciança? Como me sentiria? E, mais uma vez (de tantas outras), recebi o apoio daqueles que sempre estiveram ao meu lado. Bastou uma pergunta: "E tu? Não podes fazer nada?" Claro. Claro que podia e fiz. No dia seguinte, mandei chamar a mãe, tive uma conversinha "amena" com ela e, enquanto foi minha aluna, nunca mais veio marcada. "Omissão também é crime." (desculpa por ter me alongado mas fico muito revoltada com a violência em geral, mas principlamente quando envolve crianças...)

Carlos Albuquerque disse...

Desculpe, Maria João. Volto!
Regresso porque li o comentário da Rosa Carioca, que me tocou.
Daqui, deste seu espaço em que acolhe amigos comuns, envio um abraço à Rosa.
Bravo, Senhora Professora, por não se ter omitido, por não ter ficado indiferente. Atitudes como a sua alimentam-me a esperança de que as crianças poderão ter um mundo melhor.
Beijos, Maria João.

Mª João C.Martins disse...

Queridos amigos
Sabeis que não é meu hábito, agradecer-vos aqui. Faço-o no coração... sempre! E nos vossos espaços, a maior parte das vezes...
Mas hoje quero deixar-vos um abraço especial envolvido num laço de profunda comunhão convosco em tudo o que disseram, ...
Na verdade a indignação só não chega, é preciso nunca deixar que o medo substitua a coragem para denunciar um provável agressor e proteger uma criança ou um jovem em perigo.
A futuro da humanidade precisa que façamos prevalecer os actos que nos dignifiquem!

Por tudo isso e muito mais… eu vos fico sempre grata!
Gosto tanto de vos ver aqui….

vieira calado disse...

Depois de ver o seu documento

vou deixar desejos de

bom fim de semana a si


e a todas as crianças.

Sofá Amarelo disse...

Voltei... para responder à pergunta incómoda que deixaste no ar... pois, há situações a que só reagimos no momento mas confesso que se calhar não tomaria nenhuma atitude, a não ser um olhar de desaprovação... porque as pessoas (algumas pessoas!) são capazes de ter atitudes diversas quase no mesmo momento: molestar e logo a seguir acarinhar... ou vice-versa! De qualquer modo, penso que está errado este género de 'educação' e impulso, mas na verdade é muito complicado 'entrarmos' na vida das outras pessoas... não sei que faria: em situações idênticas já tomei atitudes opostas!

Muitos beijinhos. Continuação de bom fim-de-semana!!!

Mariazita disse...

Amiga
Esta passagem rapidinha é só para dizer que amanhã - agora já é amanhã :) - domingo, dia 14,
A CASA DA MARIQUINHAS
completa dois anos de vida.
Gostaria de contar com a tua presença. Tem presentinho para trazer...

Uma noite feliz.

Beijinhos
Mariazita