No corpo protejo o voo
de um pássaro rubro
por um fio de luz desenhado
que dia a dia, passo a passo
conquista o que nunca tem
como deveras conquistado.
Sofre e sangra porque é carne
igual em toda a humanidade
e se sabe tão diferente
dentro de toda essa igualdade.
Um dia, será apenas
grão de pó errante
fragmento de memória
fragmento de memória
principio e fim, linha finita
névoa desfeita sem glória
como a rima dentro desta escrita,
uma história, dentro de outra história.
10 comentários:
"Névoa desfeita sem glória"
Talvez não!
Glorioso
é aquele que [se] escreve
com o coração na mão.
Sabes como a tua escrita me encontra, como nela me encontro...
Grata, por isso!
Um beijo
MARIA JOÃO
Querida Amiga,
Um dia
sem a protecção do corpo
prisão numa prisão aprisionada
o pássaro voará como nunca
Beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 6 de Agosto de 2011
Entre pó e pó somos essa história possível... névoa desfeita sem glória.
Adorei! Beijos
Poeta Amiga..
Um dia tudo volta ao pó só ñ voltara as obras que deixamos construida.
E as suas obras são belissimos poemas que ficara no coração e mente de todos.
Uma linda tarde de Domingo beijos ,Evanir.
Dentro de um poema
cabem numa história
as histórias que eu quiser
Assim:
me vejo pássaro rubro
protegido por teu corpo
voando através da névoa
reconstruída
anunciando um novo Homem
e uma nova vida...
Maria João,
Vou passando por este poema e hoje guardei um tempo só para ti, para estar aqui, para apreender esta história dentro de outra história, que me prendeu em cada verso.
Deixo o meu beijo de carinho.
Branca
João, sabes distante e perto de todas as tuas palavras. Sabes que, sem tempo meu, quando "outros valores mais altos se levantam", a leitura se recolhe, filtrada, mansa, dentro das algibeiras de um Agosto que me acrescenta a falar "dialectos da terra" na certeza de que somos caminho e pó. Obrigada, amiga.
Um beijo, o meu carinho, e boas férias.
Mel
Mais um lindo e suave poema!
Que lindo poema, tão suave que encanta a alma.Um abraço !
Smareis
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