Mesmo que uma dor indistinta
me rasgue os olhos
abertos
hei-de procurar a
luz primordial
no sangue das
pálpebras
e não haverá
nenhuma insónia
que mate a minha
noite quieta
nem nenhum punhal
que impeça a minha voz de viver
ou de morrer dentro das palavras.
*
13 comentários:
Pelas palavras, pela denúncia, pela inteireza da alma, num espaço inacessível a alguns.
Um beijo
Tão lindo Maria João!...
Um beijo,
AL
Pessoas inteiras assim vivem sempre na quietude das noites tranquilas...
Beijos
A coragem de ser poeta, empunhando a pena contra a adversidade. Muito belo o seu poema. Parabéns, Maria João.
"Dentro das (tuas) palavras"
procuro "a luz primordial"
onde rasgo a inquietude
dos meus silêncios.
Obrigada, Maria João,
por seres quem és,
por estares aqui
e teres nos teus olhos
os contornos da Luz.
Um beijinho muito grato.
Bom fim de semana :)
Soberbo poema, Maria João!
Talvez seja por eu estar fisicamente tão fraca que ainda mais admiro os poetas que conseguem pôr uma tal força nas suas palavras... seja qual for a razão, é um belíssimo poema!
Obrigada por me dar o privilégio de a ler, amiga. O meu abraço!
... apenas: Belíssimo!
beijo
Mel
Sei que vou ouvir, sempre, o eco da tua voz, o eco de ti, em cada palavra que deixas cair sobre uma folha de papel...
Mais um poema lindo, minha querida Maria João, e outra vez este prazer enorme de reler-te.
Um beijo.
a luz quieta das palavras...
A luz que acalenta, que alimenta...também preciso dela!
Belíssimo
Encontrar o principio,
Descobrir o começo
(A luz quieta das palavras)
Que fala tanto…
Agradeço, as tuas palavras no meu blogue,
E peço desculpa pela minha ausência e prometo
Voltar…
Muito bela, tua poesia!
Beijo
Quando sabemos o caminho a trilhar, por mais que doa,não há mais nada a fazer.
Sempre bem, Maria João!
Beijo :)
Lindo o que escreve!
Maria Luísa
Luzente!
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