São de água as horas que bebo
Fluídas e claras
Pingadas do sol das auroras
E do perfume das rosas bravias
Que florescem, fieis ao seu tempo
Esquecidas do impiedoso frio dos invernos.
Chegam no bico dos pássaros
Regressados ao ninho
E como um colo
Aquecem o espaço silencioso dos meus lábios
Reanimando palavras...
Todas as palavras que antes me pareceram inúteis.
9 comentários:
Só espero a água
a palavra
e a sede
para as beber
Quando a sede chegar
todas as palavras serão úteis
para a saciar
Água
me inspire
algum dizer...
Água de beber
aclare meu pensar
Por não saber nadar
me afoguei num pingo d'água
foi suficiente
nada sei
daniel
Uma aurora emergente de um tempo por estrear...
Beijo
"Pingadas do sol das auroras"..
são também as palavras que te deixo..
na forma de um forte e terno abraço
belíssimo
beijinho grande
dulce
A liquidez que nos depura...
Beijinho e saudades, querida João.
Maria João,
por aqui todas as palavras são úteis e de água, que dessedentam a nossa necessidade de paz de espírito e de um mundo feito de gente "linda".
Beijinhos
Até breve
Querida Joãozinha,
este poema toca-me de sobremaneira - li, reli e voltei a ler. A liquidez de uma conta, um fio ternurento que nos liga à raiz da terra - um cordão umbilical com a mãe natureza ...
beijo daqui
saudade
Mel
Um poema bem cuidado!
Bjssss
Identifico-me com as suas palavras, Maria João. Quem não quer esse tempo novo?
Beijo :)
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