Um dia…
Talvez um dia
Se preencham os vazios
Com palavras eruditas
E no pó levantado do chão
Se descubram os deuses
Que obstinadamente
Se mantêm de pé.
Talvez um dia
Os olhos não ceguem
Na descrença dos gestos
Os arados não gemam
De solidão
Nem os mastros se rendam
Ao abandono das marés.
Mas hoje
É urgente que as bocas se encham de espigas
E frutos maduros
E mesmo na ausência de vento
Se reinvente o grito
Como o desfraldar de uma asa
Emanado
Do pundonor de uma bandeira.
18 comentários:
O grito que se solta livre não será reinventado, menos sorte têm os que se nos travam no fundo da garganta.
MARIA JOÃO
Minha Querida Amiga,
Um dia
talvez um dia
hoje
um guia
um grito se reinventa
e cria
Um beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 27 de Maio de 2011
Maria João
Tu falas assim com uma propriedade que fica difícil até comentar!
Parabéns,parabéns!
É sempre bom vir aqui.
E obrigada pela visita e comentário.Também acho teus filhos lindos, Maria.
Quando chegar aí, quero comprar teu livro. Então entro em contato,ok ?
Um grande beijinho
São precisos gritos assim... Profundos, incisivos e cheios de alma!
Belo, o teu grito...
Beijinho terno e saudoso!
Secundo este seu grito e saio encantada com o som de Paredes.
Bom fim de semana.
Maria João,
Precisamos reinventar o grito sim, para que ele seja capaz de acordar todas as intolerâncias que ainda dormem!...
Um abraço!
AL
Tenho de sublinhar o tom implícito de esperança e força num grito que nos leva sonho adentro, confiantes...
Obrigada João, pelo carinho.
Deixo um beijo meu
hoje
é já este dia
porque talvez outro dia, poderá não ser dia nenhum
reinventemos, sim! o grito e o pão e o vento
um beijo
manuela
Poeta
Depois de ler
teus dizeres
no que vejo escrito
dou-te o meu grito
faz dele o que quiseres
Não chega?
Outros se juntarão, não desesperes
Quanta sensibilidade e emoção neste poema, o amor tem o dom de nos elevar. Li, gostei e voltarei mais vezes. Um Abraço!
.
.
. de certeza que as palavras tuas são capazes de diluir as sombras de todas as dúvidas .
.
. até porque,,, sabes de antemão da pessoa humana como sinónimo in.discutível sobre todas as "coisas" . na evidência de uma luz que não se retrai também "do outro lado do espelho" .
.
. um beijo meu .
.
.
Ao romper do verso o som se faz, o canto se multiplica e temos logo uma orquestra. Boa de "ou-vir"
Joãozinha,
Talvez seja o tempo de rasgar a terra e deixar que a semente brote, floresça e frutifique, à boca de quem a mereça. O voo seja largo a sulcar os oceanos e as várzeas de trigo, bandeiras de esperança.
Como não me honrar na tua amizade?
Cresces todos os dias e eu, ao ler-te, ouso crescer um pouco também.
Junto o meu ao teu grito, pois claro!
Beijito daqui.
Mel
Maria João,
Trago-te um grito de amizade num tempo reinventado, aquele que estendo aos amigos e que me traz sempre aqui.
Com um grande beijinho e a certeza que por mais curto que seja o tempo voltarei sempre aqui.
Com flores de amizade
Branca
É urgente abrir os olhos, soltar as vozes, juntas as forças.
Um beijo.
Minha querida
É urgente gritar o que está amordaçado na alma e soltar as palavras que vivem nos dedos dos poetas...e os teus dedos estão cheios de poesia.
Adorei e deixo o meu beijinho com carinho.
Sonhadora
Estamos todos a precisar desse grito...
Mas tu disseste-o de uma forma superior.
Superas-te a cada poema (ou prosa) que escreves. E há muito que atingiste o patamar da excelência...
Beijos, querida amiga.
Enviar um comentário