Quando o tempo adormece
Dentro da tua cabeça
E o que choras
É apenas a saudade que te arrasta,
Deixa que os teus os passos sejam lastro
Da polpa de uma árvore mansa
Sabendo que a paz
Tem a cor do teu cabelo
E da vida,
Te sobram distraídos os minutos
Na lentidão das palavras
Que abandonas
Ao ritmo da tua memória confusa
Já não há veredas que te doam
Nem segredos por inventar
Já não há rio
Onde deixes cair
O pingo de vida que tens,
Suspenso na ponta dos teus dedos
Por isso o pousas no meu rosto
Para que não me esqueça de ti
20 comentários:
Muito bonito Maria João, pressinto neste poema a tristeza que a despedida sempre deixa.
Beijinho amigo,
Ana Martins
Minha querida
Um poema cheio de doçura, na sua melancolia.
Deixo apenas um beijinho
Rosa
MARIA JOÃO
PORQUE NÃO ME ESQUEÇO DE TI
Porque não me esqueço de ti
o pingo do rio que aqui repousa
não dorme e dança é vida
aqui o vi
Beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Maio de 2011
deixa-me pegar neste início...
"Quando o tempo adormece
Dentro da tua cabeça
E o que choras
É apenas a saudade que te arrasta,"
Maria João,
li quatro vezes este início que me deixou "arrasado" com a leveza de pensamento e poesia que me proporcionas.
sabe bem enriquecer a leitura graças à soberba conjugação de palavras que, no seu conjunto, revelam um único sentido que nos leva ao puro conceito de sentimento.
gostava de deixar, agora, umas palavras finais deste teu poema, mas tenho de admitir que todo ele é princípio e fim... não sei em qual delas devo pegar.
agora,
tenho pena de não ter estado presente no dia 14 e participado no sucesso que te acarinhou.
parabéns
Nos sobram imensidades quando aquele último pingo de vida se nos escapa suspenso dos nossos dedos, nos sobram eternidades.
E tu sabes tão bem ser abrigo e leito de repouso; mão aberta e peito imenso. Tu sabes receber como ninguém a dor que te rodeia, e amansá-la.
Terno e grato beijinho!
Mensagem nostálgica num frágil fio de vida...
Um beijo.
No teu melhor, João.
Não há como esquecer... Os pingos de vida pousados no rosto que entrega carinho e alento.
Beijo meu
As palavras também sofrem
porque são seres vivos
Querida amiga,
Mais um momento pleno de vida, um momento teu mas que chega até nós em ondas de intensa sensibilidade que é a tua.
Continuo por aqui a visitar os amigos, mas é no teu sítio que pela primeira vez digo que o Brancamar fica em standby, possívelmente para sempre, por nenhuma razão especial, apenas porque preciso desse tempo para mim. O blog sofrerá apenas alguns retoques que precisamente por falta de tempo não me foi possível fazer de uma só vez.
Voltar só se fôr, como dizia ontem a alguém pela euforia de um momento muito sepecial de ressurgimento do nosso país, o que não me parece que aconteça tão cedo.
Há muito que pensava fazê-lo e foi muito pensado e repensado, mas estarei por aí, pelos mesmos sítios do costume.
A amizade continua no ar e se não fôr antes, até ao próximo lançamento do teu livro.
Beijinhos.
Branca
Maria João,
Talvez me vá repetir, mas ler-te é um puro fascinio!
Abraço!
AL
Oh tenho que me penitenciar... um livro e sem que eu suspeitasse...
Mesmo atrasado, envio daqui um forte abraço e que tenha muito exito. Acredito que irá ter, dada a sua qualidade literária que desde há muito aprecio. Escusado será dizer que muito gostaria de o ter, diga-me onde o posso encontrar - Lua de Marfim - Maravilha.
Com isto quase esqueci. Obrigada pelo seu comentario poetico, adorei. Deixei lá a resposta.
Beijinho grande e muitos parabens
da polpa de uma árvore mansa
há um tanto respirar
de tempo
um beijo, Maria João
manuela
Olá Maria João, um lindíssimo poema cheio de nostalgia. Adorei. Beijos com carinho
Tens o poder das palavras.
E parabéns!
Beijinhos,
Linda Simões
De tão belo, toldam-se as palavras, num comentário por haver.
Beijinho, Maria João... vou passando (e admirando-te!)
"Deixa que os teus os passos sejam lastro
Da polpa de uma árvore mansa
Sabendo que a paz
Tem a cor do teu cabelo
E da vida, "
O poema é soberbo, a parte que destaquei é apenas um exemplo poético bem conseguido.
Parabéns pela excelência do que escreves.
Beijos, querida amiga.
Maria João
Não esgotaste em "Do outro lado do espelho" os poemas belos nem a inspiração.
Disso é prova este com que hoje nos presenteias.
Lindo! Gostei! Muito!
Continuação de boa semana. Beijinhos
Maria João,
Venho deixar-te um beijinho, porque não vou estar durante uns dias e quero que saibas que não me esqueço de ti.
Vou numa missão de mãe, aquelas missões que só corações como o nosso sabem, corações ora inquietos, ora felizes, mãe é um nunca estar só para toda a vida, um estar em todas as circunstâncias. Pelos filhos fazemos as maiores loucuras.
Beijinhos para ti e muitos dias felizes.
Branca
Muita sensibilidade,
encontro no poema!
bjsss
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