Na morte das noites densas
há sempre uma manhã
que crê no regresso das andorinhas
e na dor sublimada dos poetas.
É o beijo do vento
no eclodir das folhas que hão-de vestir
de novo
de novo
os ramos nus
como as palavras vestem os versos,
musas, a bordar desígnios
nas asas feridas das borboletas.
22 comentários:
Parece que escreveste para mim. Obrigada....
MARIA JOÃO
Querida Amiga,
Na densidade das palavras
a poética que lavras
Sim
à noite há sempre uma manhã que se lhe sucede
e que da dor dos poetas se sublima
e canta
Há sempre um amanhã
Um beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 23 de Março de 2011
Quando a ficção se torna realidade
apetece amar melhor as palavras
Bj
Coincidentemente, também li onmtem um poema sob a forma de bordado...
Beijos.
"É o beijo do vento
No eclodir das folhas que hão-de vestir
De novo
Os ramos nus"
Assim, como um ciclo que se repete, um verde que acontece nas margens do novo dia.
Gosto tanto do que escreves, Maria João!
O meu mais grato obrigada.
Amiga Maria João,
Lindo! a cada instante um recomeço...
beijinhos
Gisele
tecedeira de palavras
desenhadora de sedas nas aladas borboletas!
um beijo de vento e marés
manuela
Há sempre uma manhã que se repete quando não se espera, quando quase não se crê que se repita... há sempre um beijo no vento que bordam desígnios nas dores densas dos poetas....
Maria João,
e que bom que há sempre um amanhã, por isso mesmo é que a esperança é a última a morrer!
Beijinho,
Ana Martins
respiro do teu poema, bordado na minha pele em flor...
belíssimo, amiga!
Por instantes, minha doce amiga, no vislumbre da tua manhã amanhecida, vi duas crianças, sob a copa de um frondoso carvalho, de bracitos erguidos, alternadamente, a enrolarem a lã e a seda de um casulo labiríntico na senda do fio d'Ariana. Depois veio a borboleta... (Houve quem a chamasse de "poesia-vida").
As crianças, frágeis borboletas, tomaram o bastidor do tempo escasso, o linho alvo, bordaram determinadas a noite fria - o ouro da filigrana, do verde do sargaço e o vermelho das gentes da lezíria - insígnias de uma nova Era... E era primavera de glicínias e buganvílias. E, dos caules nus, a vida retomava o fulgor das folhas primitivas.
Beijo, Joãzita. Sabes da minha enorme admiração (e carinho) por ti. muçher-poeta.
Mel
PS: Não te safas, Joãozita, do tal conto a quatro mãos :). ehhh
Minha querida
Tanta emoção que escorre do teu poema...chorei e não tenho palavras.
Beijinho com carinho
Sonhadora
Olá Maria João, desejo que tudo esteja bem contigo, sempre!
Que belíssimo poema, com sensibilidade, expressa sentimentos tão belos.
É uma pena que uma bela noite tenha que partir na chegada de mais um dia, onde tudo se renova, com renovadas esperanças, e somente testemunham um à partida do outro, ainda assim cumprem seus ciclos sempre com pontualidade, e toda aceitação!
Parabéns por mais este belo poema, desejo a você e todos ao redor felicidades sempre, obrigado pela amizade, abraços e até mais!
Maria João,
Regressarão as andorinhas, os ramos vão renovar as vestes, mas o poeta continuará tentando sarar as feridas de um inverno onde as borboletas se feriram na inclemência das palavras...
Abraço,
AL
Maria João,
Um lindo poema de esperança e vida, reflexo da tua sensibilidade.
Um beijinho grande.
Branca
Olá Maria João
Sempre inspiradissima, como a primavera que chega e nos toca.
Beijinho e obrigada pelas suas palavras, no final o seu poema diz tudo.
Olhem...
É a Primavera que chega..!!
Lindíssimo João...
Fez-me bem, muito bem ler-te.
Obrigada amiga.
Um beijinho num abraço amigo, forte.
Dulce
Muito lindo! parabéns! Sandra
http://projetandopessoas.blogspot.com//
OláMaria João,
Um belo poema de esperança
Um beijo
Boa semana
Maria,
Ás mãos enfeitam o que é velho, novo, refazem, descobrem, vestem, despem, são contrárias à inércia: viva filigrana de palavras aqui posta.
Beijo
Maria João,
Já há uns tempos que por aqui não passava, mas agora estou-me a consolar. Este poema é uma pequena maravilha.
Beijo :)
Por vezes as manhãs tardam, e cansamo-nos de esperar por elas. E depois quando chegam, só nos sobram lágrimas de alívio.
... Não tenho mais palavras, apenas a minha gratidão.
Terno e saudoso beijinho, amiga.
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