Nascem mudas as denúncias dos dias,
Asfixia plena do universo
Que deslumbrado se perde no rodopiar dos astros
Enquanto se dilaceram as feridas.
São os ecos do silêncio
No alinhavo dos lábios,
Ou a angustiada cobardia
De nos vermos trémulos,
Ou a angustiada cobardia
De nos vermos trémulos,
Diante da própria sombra.
9 comentários:
a imagem compativel com o poema um deslumbre só ,bjs!
Boa noite Maria João,
um poema intenso pela verdade que contem. Na obscuridade do medo, tememos até a própria sombra!
Beijinhos,
Ana Martins
Ave Sem Asas
Os ecos do silêncio são sempre os mais fortes, ditos por lábios alinhavados, desenhados em sombras no rodopiar dos astros em pleno universo...
Maria João, amiga
A imagem nem precisa de legenda, é por demais elucidativa.
O teu poema concentra, em poucas palavras, o verdadeiro medo (ou os medos) ao qual até a própria sombra assusta.
Muito bom!
Beijinhos
"Nascem mudas as denúncias dos dias".
Bastaria esta frase.
Um poema simples,
conciso,
e elegante!
Beijinhosss
A mudez e a falta de coragem, por vezes, andam de mãos dadas...
Acontece aos melhores, minha amiga.
Gostei do teu poema, simples mas excelente.
Beijos.
Amiga,
escreveste tudo, nos fez refletir... O medo que nos sufoca e nos faz prisioneiros!
obrigada
beijinhos no coração,
Gisele
Todos nós projectamos sombras
a questão é levantá-las do chão
ou apenas deixá-las
estateladas
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